quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O país do cem-gramas

Certa vez, um comerciante havia comprado uma balança. Um braço ficava lá em cima e o outro, lá embaixo.
O homem resolveu se aproveitar da situação. De cada mercadoria pesada, ficava sempre com cem gramas.
No começo, todo mundo xingou.
Depois todo mundo se acostumou: o homem já era até chamado de Cem-Gramas, e o feito foi sendo feito como se não fosse feito.
E o Cem-Gramas, de cem em cem gramas, construiu:
O mercado cem- gramas.
O supermercado Cem- Gramas.
A rede de lojas Cem-Gramas e, por fim, o império Cem-Gramas.
Grama! Grama! Grama! só se falava no Cem-Gramas. Nesse furacão da fama , como não poderia deixar de ser, é claro, o partido do Cem-Gramas.
Desse modo, foi eleito:
Vereador.
Prefeito.
Deputado.
Governador.
E, acredite se quiser, presidente da república...
O Cem-Gramas fezia tanto sucesso que muitos resolveran seguir os seus passos. Era tamanha a riqueza do homen, que as suas idéias a respeito do braço lá em cima e do braço lá embaixo viraram mania. Quase todos os proprietários de negócios deram um jeitinho nas suas balanças... e, assim, a distãncia entre os braços das balanças aumentava assustadoramente.
E o povo? Bem, o povo ia vivendo realmente de cem gramas:
Cem gramas de arroz...
Cem gramas de feijão...
Cem gramas de pão...
Cem gramas disso, cem gramas daquilo...
O tempo foi passado e os homens -cem-gramas também foram trocando de nome. Duzentos. Quatrocentos. Quinhentos. Setecentos. Novecentos. Novecentos-gramas.
E o povo? Bem, já estava de fato sem gramas de qualquer tipo. Sem granas...
Os homens-cem-gramas? Trasformaram-se nos pomposos homens-quilo.
E o pior é que ninguém podia fazer nada, porque tudo era muito bem explicadinho. Tudo era explicado:
Pelas leis do quilo.
Pelas cartilhas do quilo.
Pelas orações do quilo.
Pelas televisões do quilo.
Pelas escolas do quilo.
Tudo era natural, tudo tinha que ser assim.
E como se ainda não bastasse, os quilos ficaram
superamigos. Uniram-se dos pés à cabeça, porque o
número dos Cem-Gramas aumentava dia a dia. Logo,
foram criados:
O Exército do Quilo.
A Marinha do Quilo.
A Aeronáutica do quilo.
A Polícia Secreta e a Polícia Não-secreta do quilo.
Bem, o povo vivia numa miséria quilométrica.
Chorava, chorava, chorava, mas no dia "D" acabava
sempre votando neles! Era tanto choro que alguns
deputados, jornalistas, banqueiros, em companhia de
suas damas Quilogramas, liberavam, de vez em quando,
um graminha de sentimento para fazer campanhas e
chazinhos beneficientes.
Tudo muito fantástico, feito com muita festa, banda
e foguetório, ao melhor estilo dos quilos. tudo muito
bonitinho.

Língua portuguesa

Última flor do lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Outro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De viagens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que camoes chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

(Olavo Bilac)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Quen sou eu?

Meu nome é Emanuelly morais tenho 13 anos moro em Frei Rogério e estudo no colégio E.E.B Ubano Salles.

Estou fazendo este blog por solicitação da professora Cristiane, e me referi aos livros porque eles me incentivan a ler cada vez mais...